Sede é menor no inverno, mas necessidade de água no organismo é a mesma o ano todo.
Sede é menor no inverno, mas necessidade de água no organismo é a mesma o ano todo.
Sede é menor no inverno, mas necessidade de água no organismo é a mesma o ano todo.
Sede é menor no inverno, mas necessidade de água no organismo é a mesma o ano todo.
No período do frio, o corpo precisa de mais líquido para ajudar na circulação, responsável por manter a temperatura corporal.
Existe o mito de que no frio podemos beber menos água, já que não temos perdas líquidas significativas com a transpiração e, normalmente, sentimos menos sede. Porém essa prática não condiz com a realidade apontada pelos médicos.
O nefrologista Henrique Carrascossi explica que nosso corpo precisa da mesma quantidade de água seja qual for a estação do ano. Se no calor perdemos mais líquidos com a transpiração, no frio precisamos da água pelo fato de ela ser fundamental para a circulação, responsável por manter constante a temperatura dos nossos órgãos.
“No inverno, a circulação dos grandes vasos se intensifica nos órgãos mais centrais, como coração e cérebro, para mantê-los em temperatura constante e protegidos. Mas a circulação tem de manter a temperatura do corpo todo, então precisamos de mais líquido para que o sangue possa circular melhor nos órgãos periféricos”, orienta Carrascossi.
Nos períodos mais frios a sensação de sede diminui, segundo o médico, também devido a essa intensificação da circulação nos órgãos centrais. “Por causa dessa circulação, nosso corpo entende que não precisamos de água, teoricamente”, diz ele.
Todavia, “sentir sede já é um sinal de que estamos desidratados”, alerta Luciane Osse, nutróloga do Hospital Nove de Julho. Por isso o ideal é tomar pequenas quantidades de líquidos ao longo do dia.
Os especialistas afirmam que as pessoas devem beber entre 0,30 e 0,50 mililitros para cada 1 kg de peso. “Por exemplo, uma pessoa de 60 kg deve ingerir entre 1,8 litro e 2,1 litros por dia”, completa a médica.
O que pode acontecer com uma pessoa desidratada?
A falta de líquido no corpo pode provocar sensação de cansaço ou sonolência constante, dor de cabeça e irritação. Além de dificultar a perda de peso, a memória e a cognição e aumentar o risco de se formarem os temidos cálculos renais.
“A falta de água diminui o volume de sangue nos rins e o volume urinário. Com isso, a urina fica mais concentrada e aumenta a formação de cálculo renal”, explica Carrascossi.
A nutróloga complementa: “Os cálculos renais são mais frequentes no inverno pelo simples fato de que as pessoas costumam se esquecer de ingerir água nessa época do ano”.
Como saber se estou desidratado?
A falta de água no organismo pode ser verificada de duas formas: coloração do xixi e frequência urinária. “São ótimos parâmetros para avaliar nosso nível de hidratação. Se a urina estiver amarelo-escura, alaranjada e com odor forte, é sinal de que a pessoa está ingerindo pouca água”, afirma Luciane.
O nefrologista completa com mais indicadores da desidratação: “Outros sinais são boca seca, porque a saliva fica mais concentrada, o cabelo fica menos hidratado e mais quebradiço, a pele fica mais seca”.
Além desses indicadores, devemos ficar atentos a sintomas como câimbras, queda de pressão arterial, dor muscular, moleira afundada nos bebês, tontura, fadiga, dor de cabeça intensa, batimentos cardíacos desacelerados, olheiras fundas, perda de consciência e desmaios.
- Fonte Saúde| Carla Canteras, do R7